Buscando romper a ilusão

Não me conformo de não poder te ver. Nem te ligar. Ter dias e horários definidos para interagir, trocar.
É uma alienação do que se propõe um relacionamento real. Verdadeiro.
É apenas uma parte do que deveria ser. A parte boa. Mas incompleta, sem a essência.

Não há intimidade, expectativas ou segurança. É um envolvimento com prazo de validade. A questão é: quando termina? Enquanto isso sou tomada de angústia e desesperança. Isso não é saudável. Nem construtivo. Não multiplica, não oferece exemplo ao mundo, não amadurece.

O que eu faço com essa saudade que dói no coração? Com as lembranças a cada instante? E com as inúmeras conversas imaginárias, sorrisos e carinhos que nunca vamos ter?
Está me enlouquecendo. Me tirando do eixo. Quanto menos te tenho, maior fica a carência. E ela muda a forma como enxergamos a realidade. De forma que fico cada vez mais presa a estes sentimentos ruins, mais insegura, mais carente e mais dependente. NÃO! Não quero isso!

Coragem para romper, mulher!
Coragem para mudar!
Coragem para permitir o novo!
Coragem para a fé!

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